Diário do Nordeste - 30/9/2010
Em meio a expectativa da inauguração do Centro de Convenções do Ceará, com primeiro evento já previsto para agosto de 2011, e do aumento da demanda relativa ao turismo de negócios, além da Copa do Mundo de 2014 e a Copa das Confederações em 2013, as empresas cearenses organizadoras de eventos já se mobilizam afim de solucionar junto ao Governo do Estado os gargalos para o desenvolvimento do setor.
Para a presidente do Sindicato das Empresas Organizadoras de Eventos e Afins do Estado do Ceará (Sindieventos/CE), Circe Jane Teles da Ponte, a qualificação dos profissionais envolvidos com a cadeia produtiva precisa de reforço. A representação empresarial e a Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) já estão em fase de criação da Câmara Setorial, que deve ser responsável por levar as demandas do segmento ao poder público.
Para a presidente, profissionais que participam da cadeia, desde taxistas a comerciantes, precisam ser sensibilizados e capacitados, afim de estimular o consumo e o retorno de quem vem a Fortaleza a negócios. "O turista de eventos deixa em torno de US$ 285,00 por dia quando vem ao Estado, já o turista de lazer deixa apenas U$ 68,00. Por aí se tira o quanto de retorno financeiro fica na região influenciando positivamente em vários setores da economia. Esse turismo é muito importante, pois supre a sazonalidade nesse mercado, que depende dos períodos de alta estação", analisa.
Além desse fator, a segurança também se apresenta como fator inibidor do turista, que deixa de visitar locais e consumir produtos. "Quando o turista de negócios encontra uma cidade com atrativos e segura, ele traz a família ou volta em outra data para o lazer. Hoje, não levamos esse turista ao Centro da Cidade, por exemplo", analisa a presidente.
A valorização das empresas cearenses para a organização de eventos no Estado também é citada pela presidente do Sindieventos. "Muitas vezes, temos eventos de grande porte que tem toda a mão-de-obra e serviços trazidos de fora do Estado para atuarem aqui. O setor no Ceará tem que mostrar que está preparado para assumir esses desafios".
Atualmente, cerca de 300 empresas organizam eventos no Ceará. A maioria delas situadas na Região Metropolitana de Fortaleza. Outro desafio para o setor no Estado é justamente interiorizar esse mercado.
"No interior encontramos muitas dificuldades. Faltam empresas e infraestrutura. Quase sempre, tudo tem que ser levado da Capital", revela.
Câmara Setorial
No sentido de estimular o crescimento do setor e, principalmente, reunir os empresários e instituições financeiras e Governo a fim de repassar as demandas e os gargalos, a Câmara Setorial de Eventos já está em fase de criação e deve se tornar a 14ª ligada ao Governo do Estado.
Em reunião, o vice-presidente do Governo do Estado, Francisco Pinheiro, o presidente de Adece, Francisco Zuza de Oliveira e representantes empresariais discutiram detalhes da criação da Câmara.
O presidente da Adece ressaltou a importância da criação Câmara, que já existe em 13 segmentos diferentes.
"Essa câmara vai reunir todos os membros da cadeia produtiva. Todos eles tem de estar unidos. A força de uma instituição como essa é grande para ter as demandas atendidas", analisa Zuza de Oliveira.
Reclamação
Na reunião para definição de detalhes da Câmara Setorial de Eventos, os empresários já apresentaram demanda relativa ao Centro de Convenções do Ceará, que deve ser o maior da América Latina e atrair eventos nacionais e internacionais. Os empresários reclamaram de uma maior clareza na divulgação de imagens, vídeos e a planta do empreendimento.
GUSTAVO DE NEGREIROS – REPÓRTER
Fonte: BLOG de minha colega de MBA em Eventos e Propensa parceira Michelinne Maciel.
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