Mestre de Cerimônias Malu Cavalcanti.
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"Provavelmente essa pergunta vá te causar algum incômodo, inicialmente. E eu espero mesmo que isso aconteça, pois, caso contrário, pode significar que, sequer, você já parou para pensar a esse respeito; o que, a meu sentir, pode ser mais estranho que não ter uma resposta.
Somos instados ao longo da vida a permear nossas escolhas a partir da voz dos outros. Quer ver como faz sentido?
Logo que nascemos, mesmo que na melhor das intenções, somos empanturrados de expectativas. Claro, isso é natural e muito provavelmente vamos repetir esse padrão de comportamento com filhos ou quem esteja sob nosso cuidado.
Contudo, especialmente a nossa cultura ocidental é muito barulhenta. Ela grita, dita e impõe regras para nos colocar em caixinhas.
Geralmente, as etiquetas são similares para pessoas completamente diferentes. Não se leva em conta, por exemplo, a necessidade de ouvirmos o que fala a nossa alma. E quando alguém, lá pelas tantas, nos propõe isso fica parecendo esotérico, desconfortável e logo ganhamos outra etiqueta : a de loucas do momento.
Na verdade, por mais que você fuja dessa voz que lhe habita, ela continuará lá, quietinha, esperando a hora certa de receber a sua atenção. E isso pode se dar de inúmeras maneiras.
Você já deve ter visto pessoas que mudaram de profissão, de companhia, de tribo, de cidade, de conceito e até de religião.
Tudo isso são apenas manifestações de que você não estava confortável, e não há absolutamente nenhum problema em sentir-se esquisito, fora de ordem e com alguma sensação de estranhamento.
Há momentos em que as crises precisam ocorrer para desajustar o que jamais esteve ajustado, mesmo que, aparentemente, estivesse ali guardado parecendo bom para que você não parecesse ruim aos olhos alheios. Percebeu? O 'parecer', sempre ele.
Viu? Novamente o olhar alheio é o condutor dessa bússola que desnorteia em vez de te ensinar a navegar.
Aí vem uma crise daquelas, que pode ser financeira, profissional, emocional ou tudo isso junto, que te diz " Vai, fica ou está com medo?"
Quase sempre a resposta é "Estou com medo".
O medo é paralisante. Dizem que ele nos ajuda muito a pensar algumas vezes sobre como não fazer as coisas, mas esqueceram de nos avisar que ele grita outras tantas situações que jogamos para debaixo do tapete.
Quando a crise se instaura, pronto, logo recebemos um diagnóstico social : estamos deprimidas. As vezes até estamos mesmo. Noutras, apenas buscamos uma luz divina que nos aponte um caminho novo, novas possibilidades, outros olhares, novas pessoas e inéditas buscas. E não há absolutamente nada de errado em se sentir fora do eixo em algum momento da sua vida. Na verdade, o que há é uma extrema oportunidade de você refazer escolhas e se desfazer de outras que, por algum tempo, funcionaram, mas que não te preenchem mais. E também isso não significa que algum dia estiveram erradas, apenas que não te representam mais, porque você não é a mesma de ontem, quiçá a de décadas atrás; e, de novo, não há nada de errado em não se sentir adequada com velhas escolhas diante da pessoa que se tornou.
Você está em constante desenvolvimento, lembra?
Então, por alguma razão que só você sabe, silencie diante do padrão barulhento que lhe impõe estar bem, sorridente e adequada e promova a sua própria escuta. Ouça o que seu medo, suas escolhas e seu desconforto estão querendo te dizer. Você tem todas as respostas que procura. Seja mais carinhosa com você em entendê-las. Isso pode levar algum tempo, não se preocupe, apenas não desista.
Não desistir é a sua oportunidade de responder àquela pergunta do título :
Você é quem você gostaria de ser?"
|Cláudia Dornellesl
"Roubartilhado" da Alma do Varal.
Sim eu sou e você é?